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quarta-feira, 28 de maio de 2014

vida é vida.

Ele trata dela, e ela dele, mas de uma forma única, ele ama-a mais que qualquer coisa no mundo, e ela

apenas o quer ali perto para aconchegar o coração, para lhe dar a mão nos momentos difíceis em que as dores persistem, em que tudo o que mais quer é acabar com a sua vida...e aí entra ele...
Ele não vive sem o seu olhar, e ela sem a sua companhia, ele permanece ali lado a lado, enquanto ela com a pouca força que lhe resta olha para ele como se fosse a sua luz, olham-se como dois eternos jovens apaixonados, e num gesto só dão mão...
Ela depende dele para tudo, e ele jamais imaginaria a sua vida sem ela por perto.
Por muito que as coisas se compliquem ele ali fica lado a lado. 

Este é o nosso país, idosos tratam de idosos, dois corpos um só coração, e mesmo que estejam afastados, a vida de um anda de mão dada com a vida do outro... 

1 comentário:

  1. Perspectivar o valor da vida, da intimidade e da relação humana - amizade, amor e todas asoutras variáveis, incluindo as negativas - com alguém é sempre um tesouro! Com pessoas únicas é algo indescritível e imensurável :)

    "Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo o que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e disfrutaria de um bom gelado de chocolate.

    Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida vestiria simplesmente, jogar-me-ia de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como também a minha alma.

    Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas.

    Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida!… Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas: amo-te, amo-te. Convenceria cada mulher e cada homem de que são os meus favoritos e viveria apaixonado pelo amor.

    Aos homens, provar-lhes-ia como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

    A uma criança, daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.

    Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.

    Tantas coisas aprendi com vocês, os homens… aprendi que todos querem viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a rampa. Aprendi que quando um recém-nascido aperta, com sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do pai, tem-no prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

    São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, a mim não poderão servir muito, porque quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer.”

    * O texto é aparentemente da autoria do Mexicano Johnny Welch, apesar dos media raramente o referirem e apelidarem de carta de despedida, de Gabriel Garcia Marquez.

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