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sábado, 3 de janeiro de 2015

anjos de branco.

“Deslizais no meu quarto para me trazer os medicamentos ou medir a tensão, para se eclipsarem uma vez realizada a tarefa. Será porque sou aluna de enfermagem ou simplesmente porque sou ser humano que tenho consciência do vosso medo e sei que o vosso medo aumenta o meu? De que é que têm medo afinal? Sou eu que estou morrer. Tenho consciência do vosso mal-estar, mas não sei o que fazer nem o que dizer. Mas peço-vos que me acreditem, se vocês se preocuparem verdadeiramente comigo,não conseguem fazer-me mal. Aceitem essa preocupação, nada mais preciso. Sem dúvida que nos acontece, às vezes, perguntarmos porque é que isto nos acontece e para quê, mas não queremos nenhuma resposta. Não fujam. Tenham paciência. Tudo o que eu preciso de saber é que terei sempre alguém para me segurar a mão quando o precisar. Tenho medo. Talvez já estejam insensíveis perante a morte: para mim é novidade. Nunca me tinha acontecido morrer… Se tivéssemos ao menos a coragem de fazer o ponto da nossa situação e admitirmos os nossos medos, vós, tal como eu, seria que isto vos iria prejudicar na vossa preciosa competência profissional? Será proibido comunicarmos como pessoas,de maneira a sentir-me rodeada de amigos no momento da minha morte?”
Kübbler-Ross (1994)

Após ter presenciado a um seminário acerca da importância do investimento da formação de Cuidados Paliativos nos alunos de licenciatura de enfermagem, e do meu interesse na área fui lendo e relendo artigos acerca do mesmo. É de uma enorme importância que os profissionais de saúde tenham todos conhecimento acerca de como devem lidar com uma pessoa que se encontra no seu fim de vida, e não encará la como um fracasso do seu trabalho, porque o estar adiar o inadiável é como que prolongar o sofrimento de alguém que não tem condições para viver.
Não vou me alargar mais acerca do tema, mas achei interessante partilhar o texto acima.

“Os que vão morrer ensinam-nos a viver .” (Hennezel, 1993).

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